A gramática do GDV foi desenvolvida por Kress e van Leuween (2001, 2006), e tem suas origens na teoria da Gramática Sistêmico-Funcional de Halliday (2004), e se constitui como mais uma ferramenta para o estudo de imagens, partindo da premissa de que elas são estruturas sintáticas passíveis de análises, assim como é feito na linguagem verbal.
A GDV estabelece uma perspectiva
multimodal que envolve os significados de imagens. Neste viés, são, os significados
representacionais, os interacionais e os composicionais que operam
simultaneamente em toda imagem, construindo padrões de experiência, interação
social e posições ideológicas a partir das escolhas de qual realidade está sendo
representada, qual a visão de mundo é apresentada, que tipo de proximidade há
entre os participantes da imagem e o leitor, como os participantes são
construídos, quais são as cores da imagem, sua textura, como os gestos, as
vestimentas, as expressões faciais são combinadas na organização da imagem etc.
Kress e van Leeuwen (1996) propõem
três metafunções, mais para o nossos
estudos iremos da ênfase a metafunção
Representacional que trata “das representações das experiências de mundo”,
as quasis se subdivide-se em estrutura narrativa e conceitual do texto.
Conceituando a narrativa - são
processos de ação – (vetor), o ator é o (participante) de quem parte o vetor ou, em certos casos, ele próprio é
o vetor e a meta – (meta, o objetivo da ação). O ator geralmente é o
participante mais proeminente nas figuras, seja pelo seu tamanho,
posicionamento, contraste com o segundo plano, cor e foco.
Nas proposições narrativas visuais
em que há apenas um participante envolvido, de modo que a ação não é dirigida a
nenhum outro participante, a estrutura
é chamada de não-transacional e
quando essa é dirigida a um participante
essa e chamada de transacional.
E em algumas estruturas
transacionais, também podem ter vetores, sendo eles: unidirecional ou bidirecional.
Unidirecional quando o ator tem o seu
olhar em direção a alguém ou a alguma coisa, ou seja, sua meta. E bidirecional quando os participantes se
interagem sequencialmente ou simultaneamente, ou seja, quando um ator e outro
participante, com função de meta, podem trocar de papel ou atuar dessa forma
simultaneamente.
A publicidade é
composta por um ator, situado do lado direito onde também tem a apresentação do
anúncio da campanha (educação#issomudaomundo), bem como do lado esquerdo tem-se
os livros que é o símbolo da campanha contra o analfabetismo.
No que diz respeito aos significados representacionais, a imagem da publicidade
sob análise, apresenta uma estrutura narrativa transacional unidirecional.
Nota-se, nesse caso, a existência de apenas um participante, o ator: menino, de
quem parte vetores formados pela posição de seus braços que indica a ação
referente a investimento. O gesto produzido pelo braço esquerdo do participante
representado direciona para a sua cabeça fazendo um sinal de comparação com a
altura da pilha de livros que está a sua direita. Quanto à posição braço
direito, ele está estático. É possível entender o gesto da mão do ator como uma
espécie ação em que propõe/oferece a ideia de que é lendo que se cresce na vida.
Quanto a posição do processo do banco itaú temos: vetor: estimular direcionado
para a meta educação não-transacional.
Observa-se que as cores funcionam como um dispositivo semiótico formal que, além de estabelecer coesão e coerência no texto, veiculam ideias e fazem contrastes para chamara a atenção do leitor. A cor laranja e azul é usada para ressaltar dar destaque ao slogan do banco Itaú. Destacando em laranja o nome educação. Assim temos a seguinte análise:
IMAGEM 02
A
publicidade compõe-se pela imagem da atriz (Sheron Meneses), na representação
da mãe e o seu bebe, como participantes representados, na mensagem da campanha
do leite (Doe leite materno).
A metafunção observada e a representacional
narrativa transacional bidirecional por que há um vetor que conecta o ator a
sua meta no que diz respeito aos significados representacionais, da imagem da
publicidade sob análise a qual o ator e a mãe (atriz) a partir do ator mãe/bebê
uma ação em direção a meta. O vetor é a ação de doar/receber/consumir o leite
representado pelo braço direito estendido a frente e a meta é o que deseja, ou
seja, ou seja leite. Assim teremos a seguinte análise:
IMAGEM 03
A
publicidade compõe-se de uma estrutura narrativa com uma representação
bidirecional, porque ao mesmo tempo em que o ator se mostra como meta da
criação em relação ao vetor de amamentar a criança ou numa troca de funções
onde o ator também pode ser a meta da criança. Em um terceiro processo pode ser
observado o ator: pai como vetor: proteger e a meta cuida da amamentação. Assim
temos a seguinte análise:
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